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Estudante de jornalismo, apaixonado por Chicklit, música, seriados e devaneios.

domingo, 5 de junho de 2011

Homofobia e extremismo gay

Não concordo com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte o vosso direito de dizê-lo.”, disse Voltaire.

Respeito a opinião de todo mundo, mas eu preciso dizer que o Pr. Silas Malafaia é uma pessoa retrógrada, desrespeitosa e preconceituosa. Tudo bem se você não concorda com algo, mas daí acusar e usar de sua posição pra criticar de maneira ofensiva todos que vão de encontro a sua linha de raciocínio traz uma grande diferença intrínseca.

O Pr. Malafaia criou um site com o único intuito de convencer pessoas contra a PL. 122 usando de argumentos que, a seu ver, estão fundamentados na bíblia. Primeiro que a Bíblia é um livro interpretativo. Segundo que se todos seguissem a Bíblia ao pé da letra e comessem uma carne mal passada, por exemplo, ou cortassem o cabelo e a barba, ou fizessem qualquer marca no corpo e outras dezenas de coisas que estão em Levíticos, que é inclusive um dos livros que condena a homossexualidade, todos iriam para o inferno. Então senão por um erro matemático, creio que grande parte da humanidade - incluindo Malafaia - está condenada à eternidade no inferno.

Eles tentam se escorar na questão de raça e religião para se beneficiar. O perigo do artigo 1º é a livre orientação sexual. Esta é a primeira porta para a pedofilia. É bom ressaltar que o homossexualismo é comportamental, ninguém nasce homossexual; este é um comportamento como tantos outros do ser humano”, diz o Pr. Silas Malafaia em um dos muitos argumentos que usa para tentar derrubar a PL. Pedofilia? Se não me falha a memória, a pedofilia é a perversão sexual na qual a atração sexual de um indivíduo adulto está dirigida primariamente para crinaças pré-púberes ou no início da puberdade. A meu ver é uma doença psicológica que assola algumas pessoas; pessoas, não importando a condição sexual. No entanto, é claro que o Pr. acredita nisso, vez que ele ainda usa o termo “homossexualismo”, absolutamente ligado a ideia de doença; um termo que desde 1993 foi substituído por “homossexualidade” pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

O extremismo não leva a lugar algum. Sou contra a homofobia, mas também sou contra a ditadura gay. Essa exclusão de homossexuais da sociedade, vetando seus direitos como humanos é tão não-fundamentada quanto os protestos agressivos e ofensivos dos movimentos extremistas gays contra as crenças religiosas que vão de encontro a esses mesmos direitos. Protestar com beijos gays em frente a igrejas, pichar outdoors e agir de maneira violenta contra heterossexuais de opiniões contrárias não diferencia os gays dos homofóbicos que fazem - acredite - o mesmo. Eu acredito no poder da sutileza; expressar opinião contrária a uma prática é bem diferente de causar uma guerra. Não se iluda, essa é só mais uma guerra sendo formada.

Por isso que eu gosto da pastora Ana Paula Valadão que embora também não ache natural o amor entre seres humanos do mesmo sexo, expressa sua opinião se maneira sensata, com respeito. Essa é a palavra que está sendo esquecida: respeito. Se todo mundo simplesmente se respeitasse, essas coisas nem seriam assuntos abordados – com necessidade – dessa maneira. Há pessoas favoráveis à causa e há pessoas que nunca serão. E daí? Sempre existirão as crenças religiosas e pessoas que não concordarão com a homossexualidade. Sempre existirão homossexuais vivendo seus valores independente da opinião alheia.


♫ Gracious Mama Africa - Dezarie

- 23:38

Lohan;


4 comentários:

  1. Gostei do texto, Lohan. Tem umas idéias interessantes, principalmente no final: sempre vão existir pessoas com interesses inconciliáveis e elas precisam aprender a conviver. ;)

    Outra coisa: coloque uma fonte maior e sem sefira no texto, tá ruim de ler. :(

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  2. Achei interessante suas ideias e sua posição sobre este assunto, embora discorde de algumas coisas. Acredito que o q falta em nossa sociedade é respeito e um pouco de "individualismo", ou seja, o que não interfere na minha vida não é da minha conta. Acho que as pessoas são livres para discordar uma das outras, porém se querem conviver em uma sociedade deve haver um pouco mais de compreensão e perceber que sempre há o que se aprender com outras formas de pensar. ;)

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  3. Minha avó dizia: "esse mundo é largo, tem lugar para o gordo, tem lugar para o magro"...o que realmente interessa é que as pessoas se respeitem, ainda que discordem e mesmo que seus interesses sejam inconciliáveis.
    Compreendo a "agonia" dos homossexuais em desafiarem as estruturas. Pelos anos de repressão, prisão, manicômios, desprezo e exclusão, que em parte e de algum modo ainda vivenciam, exageram no "tom" que usam para se fazerem ouvir. Alguns religiosos fazem o mesmo e pretendem ter a "patente" de Deus, de Jesus e da "salvação". Em nome disso, na Idade Média, queimaram-se pessoas, fossem ou não fossem bruxas.
    Esse clima de "caça às bruxas" me incomoda, como todo sectarismo. Jorge Amado disse que todo sectarismo é prejudicial e é mesmo, por que limita e cerceia o homem.
    Não tem o mundo gay e o mundo hétero, senão na cabeça das pessoas. O mundo é um só e cabe a nós viver aqui.

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