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Estudante de jornalismo, apaixonado por Chicklit, música, seriados e devaneios.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Para amar não há condições, há barreiras.

Ninguém pode controlar o amor.
A gente gosta de alguém por causa de coisas inexplicáveis que a pessoa tem e a gente vê; porém, somadas a essas coisas, há outras condições que não nos servem, que não apreciamos - e mesmo que odiamos. E nem sempre vemos essas condições. Ou tentamos ignorá-las, uma vez na busca desenfreada por amar, ouvir sinos tocando, ter estrelas nos olhos e um corpo nas mãos.
Difícil mesmo é conseguir separar umas condições das outras e saber se o tipo de "amor" que o outro oferece é o que nos serve. Porque sim, há qualidades de "amor" e, por mais lindo que este seja, é melhor que se abra mão dele antes que o mesmo se transforme numa cadeia emocional seríssima de onde não sairemos senão cheios das marcas das torturas físicas e emocionais.
Something like... O outro está disposto a te dar amor, mas o tipo do amor que ele vai te dar é o que serve pra você?
Saber disso é uma necessidade primordial. O desespero de ser sozinho, de estar socialmente "sem par" faz com que as pessoas se lancem em amores que não tem a menor chance de dar certo e todas as chances de dar bastante errado.
O outro não pode se transformar por que você quer, nem pela ação da sua vontade; ele simplesmente é o que é, just like you. A atitude de tentar modificar sua personalidade para agradar o outro também costuma resultar em desastres de proporções inimagináveis, verdadeiros hectatombes emocionais. Um dia tudo que ficou represado arrebenta em avalanches de arrependimento, em enchentes de culpa, terremotos de ira, tsunamis de lágrimas. E não adianta mais nada se já for tarde demais para que a sua vida volte, sem crateras descomunais, ao seu próprio rumo.
Os opostos se atraem, mas só os iguais conseguem coexistir pacificamente SE fizerem pequenas e leves concessões, capazes de ajustar, mas não modificar a rota pessoal, que como o próprio nome afirma, é individual, única e traçada apenas pela pessoa.
E quando acaba... Quando um desses “amores” acaba é uma coisa terrível, fétido como as rosas que, tendo sido perfumadas no momento em que nos são presenteadas, após algum tempo, caso não tenhamos o bom senso de jogar fora, passam a empestear todo o ambiente. A gente ama e constrói os mais belos castelos, aí o amor acaba e você tem que recolher todas as suas peças, uma por uma, em geral na maior solidão.
Por que tem que ser assim? A gente poderia se entregar menos, não confiar inteiramente, já que em geral o amor se acaba primeiro de um lado e, havendo raízes no outro, causa danos irreparáveis.
Sejamos objetivos, então:
Não é pra entregar o coração todo. Não é pra mergulhar de cabeça no mar de prazer, não é pra descobrir que um beijo num lugar determinado da nuca provoca um arrepio sensual, não é para deixar que a língua passeie lentamente sobre a pele, não é para ouvir a mesma música mil vezes e todas as vezes sentir uma alegria irresponsável, não é pra deitar no peito e ouvir o coração bater como se fosse música, não é pra mergulhar tão fundo nos lábios do outro até não se saber mais onde está, não é pra dizer "sempre", "pra sempre", "eternamente", não é pra dizer "sou seu" ou "sou sua". Não é, não é, não é!
No entanto, segurança é coisa que nenhum amor promove, que nenhuma paixão contém. Se for seguro, já não é amor. Proponho que os mistérios íntimos e pessoais não sejam revelados por razões diferentes de segurança, seria mais por pudor, na verdade; mas o amor é físico, a paixão é humana. E se a gente não viver, pelo menos uma vez, uma paixão, um amor, tanto carnal quanto passional, não pode dizer que viveu, não é? É como passar a vida vegetando entre as coisas seguras e inócuas. Não tem lembranças, não tem base emocional, não tem nada.

PS. Pelo amor de Deus, não vem ninguém dizendo "ah, o amor é outra coisa, e é lindo e bla bla bla" stuff.


♫ Try Again - Aaliyah

- 22:21

Lohan;

5 comentários:

  1. Concordo em tudo com você!
    É bem isso aí....

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  3. Algumas pessoas têm facilidade em dissertar sobre esse tipo de tema, que não é meu caso. Parabéns!
    Infelizmente hoje em dia as relações são muito líquidas e todos acham que sempre podem encontrar algo melhor. A questão é que o "melhor" é muito relativo, o que pode ser para um pode não ser para outro, e as pessoas temem em insistir que tudo é substituível, o que ao meu ver não é, pois todos nós somos ímpares.
    Beijos Lô :)

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  4. Ninguém nasce grudado com outra pessoa... podemos trilhar nosso caminho sem precisar depender de um "amor" ou de alguém. Segurança? Apenas quando fazemos uma "base sólida" em nossas vidas para poder fazer uma construção. E de que é feita esta base? Para mim, hoje em dia, não depende de "um amor" como muitas pessoas... Adorei o desenvolvimento do "tema" Lôh! =*

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  5. "E se a gente não viver, pelo menos uma vez, uma paixão, um amor, tanto carnal quanto passional, não pode dizer que viveu, não é?"

    Ai, Lo, foda! Tenho nem o que dizer.

    OBS.: queria fazer duas observações que eu acho válidas te falar; lembre-me depois :***

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