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Estudante de jornalismo, apaixonado por Chicklit, música, seriados e devaneios.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Brasília

Se não foi a melhor, uma das melhores viagens que fiz na minha vida. Não sei por que não escrevi sobre minha ida a Brasília antes.

No mês de março desse ano meu ídolo mor, Tarja Turunen, esteve com sua turnê “What Lies Beneath” no Brasil; São Paulo, Rio de janeiro e Brasília. Fiquei meio em dúvida entre São Paulo e Brasília no começo, mas meu bolso gritou por Brasília e eu fui. Uma de minhas grandes amigas, Mari, mora lá e fez questão de me receber na casa dela. Mas calma, já chego lá.

A única coisa ruim dessa viagem não foi exatamente na viagem. O fato de que eu ainda estar namorando naquela época me privou de algumas muitas coisas que eu poderia ter feito. E eu não culpo ninguém que não eu mesmo. De qualquer forma, na medida do possível, aproveitei muito a semana que passei lá.

Cheguei de Maceió no dia 13 de tarde e no dia 15 de madrugada já embarquei pra Brasília. Tive o cuidado de escolher um vôo que fizesse conexão em São Paulo porque seria a única oportunidade de conhecer pessoalmente minha querida amiga Lígia. Já faz mais de quatro anos que nos conhecemos e nunca tínhamos nos visto, nos abraçado. Pois eu peguei um vôo de praticamente 8h ao todo. Saí de Aracaju umas duas e pouca da manhã e cheguei ao aeroporto de Guarulhos às 5h. A Lilla já estava me esperando lá desde meia noite. Não tenho palavras pra expressar o quanto eu fiquei emocionado ao vê-la. A gente se abraçou apertado e chorou. E nos olhamos. E choramos. E rimos. E choramos. Foi lindo. Aproveitamos ao máximo minhas duas horas de conexão lá e choramos mais uma vez na despedida. Cinquenta por cento da minha viagem já tinha valido a pena. Agora era só ir ao show da Tarja pra garantir os outros 50%. Embarquei no outro vôo e fui pra Brasília.
Quanto cheguei ao aeroporto Juscelino Kubitschek, Mari já estava lá me esperando - com um short minúsculo e uma blusa de verão. Tudo bem que estávamos no verão, mas eu estava de casaco e scarf. Sabe como é, quem mora no Nordeste tem que aproveitar qualquer frio que apareça.

Fomos pra casa da Mari lá na Asa Norte e eu fui muitíssimo bem recebido. O tio Mário e a tia Conceição foram uns amores comigo e não me trataram nem como visita, foi como se eu fosse da família mesmo. Bom, tirei a tarde pra descansar um pouquinho, afinal, o show era logo mais às 22h. Eu já estava ansiosíssimo, então é lógico que não consegui dormir. O show foi fantástico, inesquecível.

No outro dia, acordei às 12h. Eu sei, não educado acordar uma hora dessas estando na posição de visita, mas não tive como: o clima em Brasília estava delicioso; um céu sempre nublado e a temperatura nunca acima de 20º (ou pelo menos essa era a sensação de quem está acostumado com péssimos 35º diários). Os pais da Mari entenderam o porquê de eu acordar todos os dias enquanto estive lá quando ela estava chegando do estágio.

Nesta quarta-feira fomos ao Centro de tarde e encontrar nossa amiga Soraia no Bendito Suco de noite. Ótimo. A gente se divertiu e tudo certo. Ainda na quarta fui com Mari no Beirute comer um “kiberovo” e tomar “Diabo Verde”, haha, foi uma delícia. A Yoda também se juntou a nós.

Na quinta-feira, fomos ao ParkShopping debaixo de uma chuva deliciosa, num frio maravilhoso. Eu comprei logo um monte de coisa. Só não comprei mais porque tinha esquecido meu cartão na casa dela. Lanchamos lá no shopping mesmo e depois fomos ao famoso barzinho da UNB, o Pôr do Sol. Eu fiquei logo assustado quando cheguei lá. Encontrei um pessoal no estilo da-luta-não-me-retiro reivindicando por algo que não entendi, uma vez que estava muito atônito olhando para os peitos de fora das meninas protestantes, haha. Ainda assim, foi ótimo. A mesa estava cheia e nós voltamos já de madrugada.

Na sexta-feira fomos ao Iguatemi. Comprei umas roupas lindas porque antes de sair coloquei logo meu VISA na carteira. Jantamos no OutBack eu, Mari e mais uma mesa completa de amigos. Depois fomos à Blue Space. Gente, que boate é aquela? Só não me diverti mais porque, acredite, encontrei gente que não queria lá. Isso mesmo, encontrei gente que eu não queria encontrar EM BRASÍLIA, DENTRO DA BOATE! Mas, tudo bem, eu me diverti bastante. Depois ainda fomos na MC Donalds comer, haha. Dia longo. O problema foi: eu estava começando a ficar doente.

O sábado foi punk porque não aguentei e cedi à virose. Minha garganta queimava! Passei o dia inteiro deitado e perdi o almoço que a Luana, irmã da Mari, deu na casa dela. Fiquei o dia inteiro assistindo Sexy and The City e tomando remédio.

No domingo eu já acordei melhor, mas infelizmente já era meu último dia e de noite eu já estava embarcando de volta. Ainda assim, fui no almoço que a tia da Mari estava oferecendo e também me diverti lá – a família da Mari é hilária. Depois do almoço ainda fui fazer um city tour com a Mari. Passamos pelos pontos turísticos mais legais e eu tirei uma porção de fotos. Aí já tava chegando a hora, né? Voltamos pra casa e eu fui arrumar a mala correndo. Fui me despedir e agradecer ao tio Mário e a Tia Conceição e a Mari me deixou no aeroporto.

A viagem foi ótima e foi maravilhoso rever Brasília depois de tanto tempo. Até porque fazia tanto tempo que eu não dava uma passada por lá que eu nem lembrava mais como era. Fui a lugares maravilhosos, com pessoas maravilhosas e me diverti muito. As únicas coisas ruins mesmo foram a virose e alguns desentendimentos que eu tive com a pessoa com quem eu estava me relacionando na época. Fora isso, valeu a pena demais mesmo. Já vejo a hora de voltar! :)

♫ - Blind Pain - After Forever

- 16:42h

Lohan;


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Amy Winehouse não morreu de overdose

Hoje li uma matéria na Folha Ilustrada sobre a autópsia do corpo da Amy Winehouse. Os testes toxicológicos realizados no corpo dela após a autópsia não apontaram o uso de drogas ilegais no dia em que ela morreu.

Embora a causa da morte ainda não tenha sido determinada, as informações publicadas nos tablóides britânicos de que, na noite anterior a sua morte, Amy tinha comprado cerca de R$ 3 mil em drogas é falsa. E eu sabia que era.

Pelo que tudo indicava, Amy estava feliz com o noivo e tinha realmente parado de beber. Por isso que eu ainda acho que a família da cantora está certa: Amy morreu em decorrência a abstinência do álcool, já que ela havia parado de beber três semanas antes do episódio fatídico.

A situação se assemelha com a morte de Maysa. Embora ela tenha morrido de acidente de carro, na época, a imprensa em peso havia dito que o acidente na Ponte Rio-Niterói, em 1977, tinha sido causado devido à embriaguez da cantora. Mentira. Maysa estava sóbria e já não bebia desde que, em procedimento cirúrgico, introduziu uma pastilha de Antabuse sob a pélvis. Lógico que não eram poucos os que diziam ter não só visto Maysa bêbada depois do procedimento, como também bebido com ela. Assim como não foram poucos os que disseram ser uma overdose a causa da morte da Amy.

Abutres.

♫ Demais - Maysa

-21:35

Lohan;

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Tributo à Amy Winehouse

Quando vi “Black Amy” se apresentando no Coverama 2009 já fiquei extasiado. Joice Gonçalves, vocalista da banda, tem a voz linda e muito parecida com a da Amy. Porque, a meu ver, o grande diferencial da Amy não era somente a voz, mas também o fato de uma mulher branca ser dona de uma voz tão black. Pra mim foi isso que realmente chamou atenção dos produtores musicais e posteriormente da mídia. E, claro, com o passar do tempo nem era mais a voz arrebatadora da Amy que a colocava nas manchetes, era seu estilo de vida. Joice Gonçalves tem uma voz maravilhosa e a apresentação dela é praticamente o “I told you I was trouble: Live in London”.

Nesse último sábado 20, o Suburbia foi palco do Tributo à Amy Winehouse que teve como atração principal a banda cover “Black Amy”. O show foi maravilhoso e, sinceramente, se todo fim de semana a banda se apresentasse, todo fim de semana eu estaria lá.

Cheguei ao Suburbia por volta da 22:30h porque até ás 23h mulher entrava de graça, então minha amigas enlouqueceram e me obrigaram a chegar lá antes do horário. Tudo bem, foi ótimo. :) Quando chegamos lá ainda estava tocando qualquer DVD no telão. Por volta de meia noite e meia, a banda “Inversão” subiu ao palco e cantou umas músicas do pop rock nacional e internacional. Eu nem gosto muito, mas a banda ganhou meu respeito quando tocou “Wicked game”, do Chris Isaak. Eu sou apaixonado por essa música na versão do H.I.M., então eles me conquistaram. Curti o show inteiro, mas eu tava mesmo ansioso pra Amy.

Duas da manhã “Black Amy” já estava tocando e eu já estava absolutamente louco, cantando mais alto que a própria vocalista. Sim, eu gritava, e cantava, e pulava... E não era o único. Joice era Amy Winehouse no palco, com vodka no chão - ao lado do microfone -, com roupa e penteado iguais aos da cantora. Não sei a sequência das músicas, mas ela cantou praticamente o “Back to Black” e o “Frank” inteiros. E houve umas muitas saideiras porque, duas horas de show depois, a vocalista, assim com Amy, já estava bêbada, e só queria cantar mais e mais. Até o marido dela, tecladista da banda, tomar o microfone dela e a tirar do palco, sob protestos dela e dos fãs. Absolutamente Amy Winehouse.



Eu me diverti bastante na madrugada do sábado e pude relembrar a Amy de forma mais intensa ouvindo ao vivo uma voz e performance tão parecidas com as dela. Espero poder ir a mais alguns shows da “Black Amy” porque está absolutamente aprovada.




Um pedacinho da apresentação da "Black Amy" no Coverama 2009.



♫ Valerie - Amy Winehouse

-22:37h

Lohan;

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

What Lies Beneath Tour 2011


Demorei muito pra escrever sobre o show do meu ídolo mor, Tarja Turunen, em Brasília. Mas cá estou, dizendo logo que o show foi, sem dúvida, inesquecível.

Bom, pra quem não sabe, a Tarja liderou por nove anos a banda Nightwish e lançou com eles cinco CDs. Em 2005, Tarja foi demitida da banda e decidiu seguir em carreira solo. Hoje, a cantora finlandesa dona de uma voz incomparável já tem três álbuns, o mais recente é o “What lies beneath”, de 2010.

Eu sou fã da Tarja desde 2003, quando conheci o Nightwish. Sempre fui fã da banda, mas minha devoção sempre foi a ela, então, quando ela saiu, eu fui junto. Decidi que seguiria Tarja aonde quer que ela fosse. Se ela fosse focar na carreira clássica, eu estaria com ela; se ela fosse continuar no metal, eu também a seguiria. Para o bem de todos, ela decidiu ficar com as duas carreiras.

As músicas com o Nightwish são fantásticas, mas eu não fiquei com medo quando soube que ela seguiria carreira solo no metal: eu sabia que ela faria ainda melhor. E foi. E é.

No dia 15 de março desse ano, eu fui a Brasília assistir minha Diva do metal ao vivo. Fiquei na casa de uma grande amiga, a Mari. Os pais dela foram me levar lá no local do show. Rodamos um pouquinho pra encontrar, mas havia placas indicativas. A cada placa que eu via, meu sangue gelava. Era real, eu iria assistir ao show da cantora que eu mais amo no mundo inteiro, que eu sou fã há quase 10 anos. O Clube dos Subtenentes e Sargentos (Clube do Rocha - SCES Trecho 2) não era o lugar ideal pra Diva Internacional do Metal se apresentar, mas eu não vou mentir que adorei. O problema é que o Clube não era muito grande, mas foi exatamente isso que possibilitou meu lugarzinho colado na grade, de frente pra meu ídolo, só pra confirmar que depois do sucesso do álbum “My Winter Storm” – que realmente colocou a Tarja de volta no mundo do metal – ela poderia fazer ainda melhor: What Lies Beneath.

A turnê passou por São Paulo, Rio de janeiro e Brasília. Dessa vez, ela estava acompanhada por grandes nomes da música: Mike Terrana (Masterplan, ex-Rage) na bateria, Christian Kretschmar (Schiller) nos teclados, Doug Wimbish (Living Colour) no baixo, Julian Barrett (Barilari) na guitarra e Max Lilja (ex-Apocalyptica) no violoncelo.

Fui sozinho ao show. I mean, a Mari não gosta muito do estilo e eu não conhecia mais ninguém de lá que gostasse. Eu sei que fiz amizades lá na fila quilométrica, mas infelizmente, ao longo do show fui perdendo as pessoas de vista. O show começou e a cada música, a cada estrofe cantada eu me arrepiava, e cantava, e chorava, e gritava, e tirava fotos, e filmava e morria. Sem uma sombra de dúvida esse foi o melhor show da minha vida.

A Tarja foi absolutamente simpática no show e a interação com os fãs só os levavam à loucura – principalmente quando ela falava em português (muito bom, por sinal). Eu mesmo chorei, cantei, gritei, filmei, tirei fotos E PEGUEI A GARRAFINHA DE ÁGUA QUE ELA JOGOU! Sim, sou fã mesmo.

Tarja desceu ao palco (o camarim era em cima :) ) às 22h cantando “Dark Star”. Até metade da música ninguém conseguia ouvir direito a letra, a gritaria era realmente ensurdecedora. Começou ali uma das melhores noites da minha vida. Depois que abriu o show, Tarja cantou “My Little Phoenix”, do cd “My Winter Storm”. Na sequência, “The Crying Moon” (exclusiva no show de Brasília) e o sucesso absoluto “I Walk Alone”. Finalizou a primeira parte do show com “Falling Awake” e “I Feel Immortal”, ambas do cd novo.



Eu não sabia o que fazia, sério. Queria filmar o show todo, tirar foto de todos os momentos, cantar mais alto que todo mundo, gritar até minha garganta sangrar e chorar todos os sentimentos adormecidos que as músicas magníficas da Tarja traziam a cada acorde. Enquanto ela estava trocando a roupa linda do começo do show por outra mais linda, o Mike Terrana fez um solo de bateria fantástico, seguido por pequenos solos dos outros músicos. Todos incríveis – e melhores que os do Nightwish, se me permitem dizer (Ok, é só despeito, são todos bons).

Quando ela voltou ao palco, imperiosa, cantou “Little Lies” e “Underneath”, do cd novo. A surpresa veio depois: “Wishmaster”, da época do Nightwish. Meu Deus, o clube explodiu! Os fãs deliraram! Pulamos, gritamos, cantamos... Enlouquecemos! Foi aí que, logo após finalizar a música, Tarja conversou um pouquinho com a gente em português, trazendo outro grande sucesso da época do Nightwish, “Higher Than Hope”, num set acústico que incluiu ainda “We Are”, “Minor Heaven” e “The Archive Of Lost Dreams”. Minha Diva tocou o piano e cantou divinamente. Mais inevitáveis lágrimas.

Na terceira e última parte do show, assim como numa dissertação bem estruturada, a Tarja arrasou milhões na conclusão: com um vestido branco maravilhoso, cantou “Ciaran’s Well”, “In for a Kill”, “Where were you last night”, “Die Alive” e por último, “Until My Last Breath”, fechando uma das melhores noites da minha vida com chave de diamante.



A viagem inteira pra Brasília foi incrível, mas eu vou guardar esse show no ‘arquivo dos meus sonhos realizados’ porque não há como dizer menos: foi absolutamente perfeito, emocionante, incrível, magnífico e uma porção de outros adjetivos que poderia usar.

♫ Naiad - Tarja Turunen

-20:43h

Lohan;

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Esse último fim de semana

Esse fim de semana foi punk. Fiz coisas que pensei que não faria e vivi um papel distante de minha realidade.

Entre muito álcool e atitudes decorrentes do mesmo, expus coisas que ainda não estavam na hora de serem expostas. Ou melhor, era hora, eu que não estava na condição exata para expô-las. Mas, tudo bem.

O que importa mesmo é que eu me diverti bastante nesse fim de semana passado e, se eu pudesse, todos os próximos seriam parecidos com este. Tendo em vista todo o estresse da segunda quinzena de julho para cá, posso dizer que extravasei.

Fui a Maceió na sexta-feira, já exausto. Saí do Banco às 15h, arrumei minha mala num intervalo de tempo de 2h e peguei o Gold de 17:30h. Meia noite eu já estava no Barroco, um barzinho ótimo ali ao lado da FAL - Jaraguá. Fui mesmo porque minha querida Anália estava se apresentando pela primeira vez em show aberto, se não me engano. Não estou nessa fase crowded places, mas valeu à pena ter ido prestigiá-la. Alta madrugada já se ia quando deitei no meu quarto lá na casa da vovó, um pouco tonto por causa das cervejas.

No sábado de tarde fui visitar Tia Nádia, grande amiga e companheira de ideias. Atualizamos um ao outro com os milhões de assuntos que os meses sem contato guardaram. Foi ótimo. Sentia falta disso. Quando saí da casa da Tia Nádia, fui pra casa de minha amiga Ckel; nós tínhamos marcados, junto com a Lara, uma noite de vodka e conversas muitas. A noite foi fantástica. No entanto, foi exatamente aí que começou. Após meia garrafa de Skyy com gelo, digamos que eu já não estava mais respondendo por mim. Ou melhor, estava respondendo por mim até demais. Sabe o “In Vino Veritas”? Só que foi com Vodka. As loucuras milhões dessa madrugada, só posso contar pro mais íntimos.

Com duas horas de sono, acordei cedo no domingo, ainda um pouco bêbado, pra me arrumar pro aniversário de 80 anos do vovô plus dia dos pais. Somando os coquetéis, cervejas e champagnes da tarde, foram mais de 40 copos/taças. Não fiquei bêbado, só fiquei mais confiante pro speech que eu tinha que fazer. Como único neto estudante de Comunicação, fui eu o escolhido pra escrever e ler uma homenagem pro vovô na frente de todos os convidados. Sou um pouco tímido pra essas coisas. Mas escrevi, li e fui aplaudido. Graças a minha boa dicção e ao álcool, imagino.

Foi bom rever a família, embora a presença da esposa do meu pai tenha me tirado do sério algumas vezes... Mas, esse é um outro assunto pra um outro momento. O que importa é que depois eu fui pra casa da minha Tia Fátima e, se não foi o ápice da diversão, chegou quase. Tia Fátima, sem dúvida, é a Tia mais engraçada que tenho. Conversamos a noite inteira e eu tomei mais meia garrafa de vodka com gelo. O álcool não me deu coragem pra nada nessa noite. Na verdade, ele me fez parecer um bocado desesperado pra entrar em contato com quem eu precisava conversar algumas coisas que há alguns anos eu precisava ter conversado. Ainda assim, não fiz nenhuma besteira dantesca. Besteirinhas não contam.

Voltei tarde pra casa da vovó. Foi o tempo de arrumar minha mala e dormir mais duas horas pra pegar o ônibus de volta a Aracaju.

Infelizmente não fiz tudo o que gostaria de ter feito, mas encontrar meus melhores amigos e minha família trouxe uma felicidade que há um tempo não sentia. Porque eu não tenho como estar completo se as pessoas que amo estão espalhadas pelo Brasil, não é?

Espero poder voltar lá em breve para um próximo fim de semana, já que não posso mais passar meses como antigamente.

♫ 306 - Emilie Autumn

- 21:444h

Lohan;

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Dia do Orgulho Heterossexual

Eu fico me perguntando pra que um dia do Orgulho Heterossexual. Não, sério. Por que? Eu respeito muito a diversidade, lógico. Essa variedade, convivência de ideias, é o que faz o mundo. Por um momento, eu até fiquei meio pensativo quanto a isso. Mas não, eu não concordo com o Dia do Orgulho Heterossexual.

O Dia do Orgulho Gay surgiu após a Rebelião de Stonewall, em 1969. Foi nessa rebelião que, pela primeira vez, a comunidade LGBT, em grande número, lutou para acabar com os maus tratos da polícia para com a comunidade. E já não é segredo pra ninguém que esse tipo de preconceito existe desde sempre, por assim dizer.

Eu me pergunto por que os heterossexuais precisam de um dia como esses. Porque, pelo que eu sei e observo por aí, heterossexuais não são julgados por sua orientação sexual. Que eu sabia, heterossexuais não apanham e morrem porque amam pessoas do sexo oposto. Então, pelo que eu entendo, os heterossexuais tem um caminho absolutamente aberto para ser quem são. Não há violência contra heterossexuais quanto a sua condição sexual. Não há contra o que protestar.

O vereador Carlos Apolinário, autor do projeto do Dia do Orgulho Heterossexual, afirmou que seu objetivo não é ir contra a comunidade gay. Ele disse que o projeto foi apenas uma forma de se manifestar contra "excessos e privilégios" destinados à comunidade gay. Aí eu paro pra me perguntar de novo: que privilégios? Os de não poder demonstrar afeto publicamente sem ter medo de quem está olhando? Ou talvez o de ser espancado até a morte por ser gay. Não, não! Provavelmente é o privilégio de não ser aceito pela sociedade.

Esse projeto ridiculariza a cidadania da população LGBT. É como se a luta constante da comunidade não valesse de nada. Eu concordo com a ABGLT: Esse projeto é uma exposição de mediocridade ignorante para o mundo. E é uma pena que São Paulo, vista como capital “cabeça aberta”, seja palco dessa mesquinharia sem tamanho.

♫ Mine Again - Mariah Carey

- 18:57h

Lohan;

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Tatuagem: arte viva

A tatuagem é uma das formas de modificação do corpo mais conhecidas e cultuadas do mundo. Embora ainda envolto por bastante preconceito, esse desenho permanente feito na pele é uma forma de arte viva. E não é recente: há diversas provas de que a prática de tatuar começou séculos antes de Cristo, no Egito.

Como quase tudo que fugia aos padrões sociais, a tatuagem também foi banida e marginalizada, sem surpresa, pela Igreja Católica. E já que a Igreja considerava tudo o que não lhe fosse conveniente um pecado, essa forma de arte passou a ser considera demoníaca.

Atualmente esse preconceito todo tem diminuído, bem como o de tantos outros temas que a Igreja Católica impôs como errado, pecaminoso, demoníaco. Hoje em dia as tatuagens já são consideradas normais por uma quantidade enorme da população. Não tenho números exatos, mas li uma reportagem que apontava números altos.

Seja para se sentir rebelde, sexy, confiante ou eternizar algo de significado no corpo, as tatuagens estão aí quebrando essa aura de tabus, se tornando rotina na vida das pessoas. Eu tenho cinco: um heartagram, uma rosa, uma frase, um diamante e uma pimenta. Todas elas tem seus significados e em determinadas épocas foram essenciais.

A primeira tatuagem que fiz foi o Heartagram; sem dúvida, minha paixão. O símbolo foi criado por Ville Valo, vocalista de uma das minhas bandas favoritas, H.I.M. (His Infernal Majesty). O Heartagram é a mistura de um coração com um pentagrama invertido. E não, não é nada satânico ou de religião ocultista, como muitos pensam. Representa apenas o equilíbrio entre os extremos; a vida e a morte, o amor e o ódio, que, além de ser tema da maioria das músicas incríveis do HIM, define muito minha personalidade. Eu amo essa tatuagem e tenho certeza que amarei sempre.

Minha segunda tatuagem não foi nenhuma das descritas. Na verdade, foi um “A”. Sim, eu também caí na burrada de tatuar a letra de uma pessoa outrora importante. O problema é que relacionamentos tendem a acabar. Acabou também a tatuagem. Assim que o namoro terminou, eu senti vontade de raspar minha pele com qualquer objeto cortante. Preferia uma cicatriz àquela tatuagem. Graças a Deus decidi apenas cobri-la. Coloquei uma rosa no lugar. Embora não tenha sido um desenho que eu sempre tive vontade de tatuar, representa bem a situação. É uma rosa fétida e traduz tudo o que restou daquele relacionamento e de alguns outros que tive depois. Essa tatuagem representa amores frustrados e, acredite, está presente em minha vida.

A terceira e a quarta, eu fiz de vez. Certo dia eu estava conversando com uma amiga bastante próxima sobre tatuagens, e quais seriam as próximas, e quando faríamos e essas coisas... E eu disse que queria tatuar um diamante. Ela disse que queria tatuar uma pimenta. Eu me apaixonei pela pimenta. Ela se apaixonou pelo diamante. Ambos tatuamos os dois desenhos. Tenho o diamante no ombro e ele também me define muito. Nada muito complexo. Eu sou um diamante, pronto. A pimenta... Bom... Você sabe.

Minha quinta – e não última – tatuagem, eu fiz antes de ontem. Já queria fazer há algum tempo, mas situações me impediram. Tatuei a frase “Some like it cold”, nome da minha música preferida de outra de minhas bandas favoritas, Xandria. É, pode ser traduzido de diversas formas, até porque esse “it” pode se referir a uma imensidão de coisas. Pra mim, tem até mais de um significado, mas há um em especial que faz parte da minha essência.


Todas as minhas tatuagens são em locais estratégicos, por assim dizer. Se eu estiver completamente vestido, não há como ver nenhuma delas. Eu nem queria assim, sabe? Mas, infelizmente, a sociedade ainda não compartilha da minha opinião, então, como eu pretendo crescer profissionalmente, tenho que mantê-las escondidas. E é somente por isso, viu? Senão, certeza que eu teria mais umas 40 tatuagens espalhadas pelo corpo inteiro.

I Just Love Tattoos.

♫ Some Like it Cold - Xandria

- 16:45h

Lohan;