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Estudante de jornalismo, apaixonado por Chicklit, música, seriados e devaneios.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Tatuagem: arte viva

A tatuagem é uma das formas de modificação do corpo mais conhecidas e cultuadas do mundo. Embora ainda envolto por bastante preconceito, esse desenho permanente feito na pele é uma forma de arte viva. E não é recente: há diversas provas de que a prática de tatuar começou séculos antes de Cristo, no Egito.

Como quase tudo que fugia aos padrões sociais, a tatuagem também foi banida e marginalizada, sem surpresa, pela Igreja Católica. E já que a Igreja considerava tudo o que não lhe fosse conveniente um pecado, essa forma de arte passou a ser considera demoníaca.

Atualmente esse preconceito todo tem diminuído, bem como o de tantos outros temas que a Igreja Católica impôs como errado, pecaminoso, demoníaco. Hoje em dia as tatuagens já são consideradas normais por uma quantidade enorme da população. Não tenho números exatos, mas li uma reportagem que apontava números altos.

Seja para se sentir rebelde, sexy, confiante ou eternizar algo de significado no corpo, as tatuagens estão aí quebrando essa aura de tabus, se tornando rotina na vida das pessoas. Eu tenho cinco: um heartagram, uma rosa, uma frase, um diamante e uma pimenta. Todas elas tem seus significados e em determinadas épocas foram essenciais.

A primeira tatuagem que fiz foi o Heartagram; sem dúvida, minha paixão. O símbolo foi criado por Ville Valo, vocalista de uma das minhas bandas favoritas, H.I.M. (His Infernal Majesty). O Heartagram é a mistura de um coração com um pentagrama invertido. E não, não é nada satânico ou de religião ocultista, como muitos pensam. Representa apenas o equilíbrio entre os extremos; a vida e a morte, o amor e o ódio, que, além de ser tema da maioria das músicas incríveis do HIM, define muito minha personalidade. Eu amo essa tatuagem e tenho certeza que amarei sempre.

Minha segunda tatuagem não foi nenhuma das descritas. Na verdade, foi um “A”. Sim, eu também caí na burrada de tatuar a letra de uma pessoa outrora importante. O problema é que relacionamentos tendem a acabar. Acabou também a tatuagem. Assim que o namoro terminou, eu senti vontade de raspar minha pele com qualquer objeto cortante. Preferia uma cicatriz àquela tatuagem. Graças a Deus decidi apenas cobri-la. Coloquei uma rosa no lugar. Embora não tenha sido um desenho que eu sempre tive vontade de tatuar, representa bem a situação. É uma rosa fétida e traduz tudo o que restou daquele relacionamento e de alguns outros que tive depois. Essa tatuagem representa amores frustrados e, acredite, está presente em minha vida.

A terceira e a quarta, eu fiz de vez. Certo dia eu estava conversando com uma amiga bastante próxima sobre tatuagens, e quais seriam as próximas, e quando faríamos e essas coisas... E eu disse que queria tatuar um diamante. Ela disse que queria tatuar uma pimenta. Eu me apaixonei pela pimenta. Ela se apaixonou pelo diamante. Ambos tatuamos os dois desenhos. Tenho o diamante no ombro e ele também me define muito. Nada muito complexo. Eu sou um diamante, pronto. A pimenta... Bom... Você sabe.

Minha quinta – e não última – tatuagem, eu fiz antes de ontem. Já queria fazer há algum tempo, mas situações me impediram. Tatuei a frase “Some like it cold”, nome da minha música preferida de outra de minhas bandas favoritas, Xandria. É, pode ser traduzido de diversas formas, até porque esse “it” pode se referir a uma imensidão de coisas. Pra mim, tem até mais de um significado, mas há um em especial que faz parte da minha essência.


Todas as minhas tatuagens são em locais estratégicos, por assim dizer. Se eu estiver completamente vestido, não há como ver nenhuma delas. Eu nem queria assim, sabe? Mas, infelizmente, a sociedade ainda não compartilha da minha opinião, então, como eu pretendo crescer profissionalmente, tenho que mantê-las escondidas. E é somente por isso, viu? Senão, certeza que eu teria mais umas 40 tatuagens espalhadas pelo corpo inteiro.

I Just Love Tattoos.

♫ Some Like it Cold - Xandria

- 16:45h

Lohan;

Um comentário:

  1. Seu texto, como de hábito, irrepreensível, claro, conciso, definitivo.
    Tatuagens são arte viva, sim e, quando o artista é bom, uma obra de arte. Lembranças de coisas negativas a se evitar; lembranças de coisas positivas a se reviver.

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