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Estudante de jornalismo, apaixonado por Chicklit, música, seriados e devaneios.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Sonhos maus, bons pesadelos.

Uma proposta surgida assim, do nada, acordou uma mente perturbada e pervertida, e o predador que vivia em sigilo nos recônditos de seu cérebro doente se interessou imediatamente, na hora. Afinal, há que se matar o tédio.

- Então, vamos? Diga que vai, meu amor... Você sabe que venho sonhando com isso há dias.
- Já escolheu a “vítima”? – disse sorrindo, com os lábios cheios, se curvando sobre a insinuação das presas brancas.
- Sim, sim! – disse ele, num sorriso ansioso, percebendo que o predador já o havia tomado completamente
- Você sabe que não gosto de perder tempo com detalhes. Faça acontecer.

Rapidamente ele providenciou a vinda daquele coitado que se apaixonara perdidamente pelo predador. Disposto a tudo para conquistá-lo, submetera-se à idéia com uma facilidade impressionante, afinal, ele precisava de qualquer coisa que o aproximasse de sua paixão. Dali para o motel barato foi um pulo.
Desagradou ao predador a breguice local.

- Veja para onde você me trouxe! Deveria ter escolhido um local mais decente, embora não seja bem essa a palavra que esteja lhe motivando. – disse, debochado.
- Mas, foi tudo que pude arranjar agora!
- Deixe, não há por que explicar – disse o predador beijando-o selvagemente, como sempre.

A “vítima” manifestou débeis ciúmes. Sabia que não era páreo para o outro, uma vez que era ele o escolhido. Conformava-se em estar bebendo a presença poderosa e estonteante do predador.

- Você está com inveja? - perguntou com um sorriso perigoso – Venha.

Sorrindo, ansioso, a “vítima” entregou-se ao beijo, fazendo o outro gemer de prazer antecipado.

- Definitivamente você é um ser incompreensível – disse o predador tranquilamente ao outro.

Dentro do quarto a “vítima” foi despida e levada à cama. O outro se sentou numa poltrona, bebendo vinho e fumando um cigarro barato, para observar, com olhos ansiosos, arfando de um prazer pecaminoso e intenso. Ver o predador em ação sobre outra pessoa que não ele mesmo o enchia de uma satisfação tão poderosa que sua mente se invadia das mais negras sombras de prazer.
Na cama, o predador levava a “vítima” as mais altas esferas do prazer carnal. Embora para ele aquilo fosse muito pouco e nada estivesse representando prazer. Subjugava-o, com total indiferença, humilhando-o. Ao colocá-lo de quatro, olhou para o outro, que se contorcia na poltrona capenga do quarto barato. Por mais que o predador tentasse se enganar, ele sabia que o outro era do tipo de pessoa que não amava, ou melhor, que amor na verdade, era apenas sexo. Ele vivia num reino sem rei algum.
De forma inesperada, todo prazer esgotou-se, sem conclusão alguma. Entediado o predador se vestiu num átimo de tempo e se foi, logo que a “vítima” magoada pôs-se a chorar de maneira irritante, na cama, suplicando para que o outro o trouxesse de volta.
O outro, vendo que toda a diversão terminara, sequer olhou para a “vítima”. Apenas deixou o dinheiro em cima da mesinha de cabeceira e saiu, preocupando-se em chegar rapidamente em casa, apesar de perceber o nojo que o olhar do predador derramara sobre ele.


♫ Make me Wanna Die - The Pretty Reckless

- 18:38h

Lohan;

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